O Rafael, na quarta-feira, chegou à escola, da parte da tarde, todo contente com uma esferográfica e um papel na mão a dizer que ia fazer uma magia. O grupo, cheio de curiosidade quiz logo ver. Então ele friccionava a caneta no cabelo e quando a aproximava do papel, este era atraído pela caneta. Todos quizeram experimentar; nuns acontecia nitidamente noutros nada se passava. Então eu questionei-os sobre quais podiam ser os motivos para isto acontecer: uns disseram que a caneta tinha cola, outros que a cola estava no cabelo. Eu mostrei-lhes que isso não era verdade, nem o cabelo, nem a caneta tinha cola. Então fomos à Internet investigar e num blog encontramos uma experiência idêntica, mas com um balão. Também a realizamos, seguindo os passos que vimos no site. No fim expliquei que o nosso corpo possui electricidade, mas diferente da que utilizamos para ligar os aparelhos eléctricos que se chama electricidade estática. Ao friccionarmos a caneta e o balão produzimos electricidade que vai atrair os papeis.
Na brochura"Despertar para a Ciência"(Ministério da Educação) a certa altura podemos ler: " uma exposição precoce a fenómenos científicos favorece uma melhor compreensão dos conceitos apresentados mais tarde no ensino básico.(...) A procura de respostas para fenómenos do dia-a-dia que desperta a curiosidade das crianças configura-se como contexto favorável ao desenvolvimento da capacidade de pensar cientificamente, o que inclui pensar de forma crítica e criativa."
Deparando-me com o facto de uma das crianças sob a ilusão da magia ter trazido para a sala um fenómeno físico que lhes despertou a curiosidade, aproveitei para lhes apresentar de uma forma lúdica, o fenómeno cientifico que lhe está na base.
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